Canal da Gestante

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Os 11 principais exames pré-natal

1. Exame de fezes

Quando deve ser feito: no início da gravidez e caso a gestante apresente alguma queixa durante os nove meses.

O exame de fezes investiga a presença de parasitas no intestino que podem provocar anemia, entre outros problemas. É feito no início da gestação para que uma eventual infecção seja rapidamente tratada.

2. Glicemia (em jejum)

Quando deve ser feito: geralmente é feito logo no início da gravidez e repetido na 26ª semana, fase em que o corpo da gestante já encontra mais dificuldade para absorver o açúcar.

O exame de glicemia, também conhecido popularmente como glicemia em jejum, é solicitado pelo ginecologista para medir a quantidade de glicose presente na corrente sanguínea, o que permite identificar eventuais quadros de intolerância à glicose e diabetes.

Se as taxas estiverem muito acima do normal, pode ser que a mulher esteja com diabetes gestacional, que exige cuidado e atenção especial, pois pode comprometer a gravidez.

O exame costuma ser feito em jejum de 8 horas, em que é medida a quantidade de glicose quando não houve ingestão recente de alimentos. Depois, ele pode ser feito durante a chamada curva glicêmica — duas horas após a ingestão de alimentos.

3. Grupo sangui?neo (sistema ABO) e fator Rh

Quando deve ser feito: primeiro trimestre.

Segundo Barbosa, é essencial realizar o exame de compatibilidade do sangue negativo e positivo, que verifica justamente a compatibilidade de sangue do casal. Se a mãe for Rh negativo e o pai Rh positivo, por exemplo, a mulher precisa realizar um tratamento para que o corpo dela não rejeite o bebê caso ele seja Rh positivo.

4. Hemograma completo

Quando deve ser feito: geralmente, são pedidos três hemogramas ao longo da gestação — um em cada trimestre. Mas podem ser solicitados mais, dependendo do caso.

O hemograma é como se fosse um conjunto de exames de sangue, que analisa a quantidade de glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos e plaquetas.

Eles são necessários principalmente para verificar sinais de infecção, anemia ou alterações no número de plaquetas. Costuma ser pedido pelo ginecologista logo na primeira consulta.

5. Papanicolau

Quando deve ser feito: logo na primeira consulta pré-natal, a fim de afastar de imediato qualquer suspeita de câncer. Mas o exame deve ser realizado pelo menos uma vez ao ano, independentemente de gravidez ou não.

O exame do papanicolau é importantíssimo para prevenir o câncer de colo de útero, e deve ser realizado por gestante se ele ainda não tiver sido feito ao longo do ano anterior.

Ele também é conhecido como exame colpocitológico e deve ser feito por todas as mulheres entre 21 e 65 anos — portanto, cobre praticamente toda a vida fértil da mulher.

6. Reação à toxoplasmose e rubéola

Quando deve ser feito: no início do pré-natal e repetido no terceiro trimestre de gestação.

Estes exames indicam se a gestante já teve contato com os agentes causadores de toxoplasmose e rubéola. Eles permitem identificar há quanto tempo a mulher teve esse contato ou se ele aconteceu já durante a gestação.

Dependendo do resultado, o tratamento pode evitar as complicações como malformações, problemas neurológicos e até cegueira e surdez no bebê.

7. Sorologia para HIV

Quando deve ser feito: pelo menos uma vez a cada 6 ou 12 meses (antes da gravidez) e sempre no início do pré-natal, para que o tratamento comece logo.

A transmissão vertical de HIV, ou seja, quando o vírus é transmitido de mãe para filho durante a gestação, no momento do parto ou na hora da amamentação, ainda é uma realidade em muitos países.

Por isso, é fundamental que a mulher realize o teste de sorologia para HIV não somente quando está grávida, mas com certa periodicidade. Na gestação, porém, este exame é ainda mais importante, pois não é porque a futura mãe eventualmente seja soropositiva que o bebê também será.

Hoje, existem formas de evitar que a transmissão vertical ocorra. Geralmente, fazendo uso dos medicamentos antirretrovirais — indicados para todos e com o objetivo de reduzir a carga viral de HIV na corrente sanguínea — já é possível evitar a transmissão.

8. Sorologia para hepatites virais

Quando deve ser feito: uma vez no primeiro trimestre de gestação e outra no terceiro trimestre (ou mais vezes, conforme orientação médica).

Da mesma forma que o exame de sorologia para HIV, também estão disponíveis testes sorológicos para as hepatites virais. Das três formas mais comuns da doença, as hepatites B e C têm maior probabilidade de transmissão sexual do que a hepatite A, que geralmente ocorre por meio da ingestão de alimentos e água contaminados.

Caso a gestante apresente uma hepatite viral e não faça o tratamento corretamente, o desenvolvimento do bebê pode ser comprometido.

9. Sorologia para citomegalovírus (CMV)

Quando deve ser feito: da mesma forma que os exames de sorologia para hepatites, este deve ser feito uma vez no primeiro trimestre de gestação e outra no terceiro trimestre (ou mais vezes, conforme orientação médica)

O citomegalovírus (CMV) é da mesma família dos vírus da catapora, herpes simples, herpes genital e herpes-zóster, e uma das suas formas de transmissão é pela via vertical — de mãe para filho.

A presença deste vírus no organismo da mulher grávida pode prejudicar o desenvolvimento do feto, provocando malformações — ainda que seja uma doença relativamente rara.